

Por Denys Rosa
15.10.2009
Nosso correspondente Denys Rosa, que apresenta-se abaixo, é biólogo marinho e local de Angra dos Reis, litoral Sul do Rio de Janeiro: "Sou especialista formado pelo Conselho Federal de Biologia em Ecologia e Meio Ambiente. Trabalhei na Prefeitura de Angra dos Reis (RJ) e no Instituto Estadual do Ambiente de 2002 a 2007, sendo responsável pela gestão ambiental de toda a Costa Verde (Paraty, Mangaratiba, Angra dos Reis e Rio Claro), além de todas as ilhas da Baía da Ilha Grande e Paraty), ou seja, preservação e monitoramento desta área num todo.
Hoje, represento a Bio Line Brasil e a Konsea Serviços Técnicos, ambas empresas de Consultoria Ambiental Estratégico. Formulo projetos na área ambiental e analiso estudos para melhor enquadrar a empresa no perfil ambiental desejado, além de ser responsável técnico por fazendas marinhas na Ilha Grande, Ilha da Gipóia e Ilha Caieira. Além dessas atividades, desenvolvo um projeto, em parceria com o Governo do Senegal, para a preservação do Melro Azul, passáro ameaçado de extinção nesse país. Depois de trabalhar bastante, ainda tenho tempo para praticar o bodyboard e descansar, sabendo que Deus sabe o meu nome.
escobriu três novas lages, na Costa Verde, com real potencial para a prática do "extreme bodyboard". Denys mandou três emails, um sobre cada lage, que abaixo reproduzimos, com aquele "tapinha" no texto.
Lage do Miro:
As fotos neste email são de um secret aqui em Angra, chamado Lage do Miro (nome dado pelos locais). Uma direita muito maneira que funciona numa bancada, atrás de uma certa ilha que não pode ser divulgada, senão os locais me matam! Diga que é em Angra, mas não divulgue o local. O pico tem esse nome porque os locais não gostam muito de visitas. Por quê Laje do Miro? Miro no teu olho e atiro. Por isso o nome! Aliás, também não precisa explicar o porque do nome! (Risos)
A onda é uma direita bem cavada, de triângulo, rápida e ultra tubular, com uma boa rampa para uma manobra forte no final. E é melhor usar para-quedas para voltar das manobras! Esse é o diferencial desta onda! Só rolam boas condições em ondulações de Sul, Sul/Sudeste, ou Sudeste (melhor condição) e na maré seca, pois a lage é um pouco funda. Quanto mais a maré seca, melhor fica a onda. O vento ideal é o Sudeste e o Sul, ambos funcionam bem para o pico.
É isso, no próximo email mando as fotos das outras duas lages que desbravamos.
Ponta do Sandry:
As fotos anexadas neste email, são de outro secret point aqui em Angra dos Reis, chamado Ponta do Sandry. É mais uma direita muito maneira que funciona numa bancada na ponta de uma ilha. Diga que é em Angra, mas não divulgue o local! A onda é uma direita meio "hot dog". Dá pra tirar uns tubos na maré seca e, pra galera do surf, na maré cheia. Não é uma onda muito forte. É praticamente a metade do tamanho da sua lage irmã, a do Miro, mas ao contrário desta, não é possível surfar na maré seca, somente a galera do bodyboard. Na maré cheia, as ondas não rodam tanto, mas mesmo assim aparecem uns tubos perdidos! Funciona em ondulações de Sul, Sul/Sudeste e Sudeste (melhor condição).
Os ventos ideais são o Sudeste e o Sul, ambos funcionam bem para o pico. É isso, no próximo email mando a foto da principal descoberta! Essa é inédita!
Ouro da Costa Verde:
As fotos neste email são do Ouro da Costa Verde, uma onda inédita, que quebra num lugar paradisíaco. E essa é para poucos. Com intuito de preservamos esse verdadeiro secret, não poderei dar nenhuma informação sobre sua localização. É, simplesmente, a melhor direita do Brasil, nem adianta comparar que não vai ter melhor! Uma mistura entre o Shock, o Shore e o Pampo de Sudoeste seria a melhor definição para onda. A bancada atura qualquer ondulação que quebrar. No dia das fotos as ondas bombavam com 1,5 metros de tamanho e vento sudeste. Uma direita muito tubular, perfeita, longa, localizada no meio de um paraíso de águas bem quentes. A onda proporciona um tubo animal e a termina com uma rampa para manobra aérea de pressão.
Para os fotógrafos, não há lugar melhor para trabalhar, a onda joga para fora da bancada, e não tem correnteza, além do barco não mexer muito ao lado da onda. Bem diferente da Laje do Dramin, que chacoalha muito. A onda é um mistério. Linda, muito perfeita. Não é uma onda para iniciantes, o drop é difícil e a vaca bem sinistra. As melhores ondulações são de Sul, Sul/Sudeste e Sudeste (melhor condição). Os ventos ideais também são Sudeste e Sul.
fonte: www.planetabodyboard.com
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