domingo, 7 de junho de 2009

Entrevistas

Void Rider chega ao mercado


Por: Fabio Povoleri
Camilo Matias exibe seus mais novos produtos d Void Rider. - Foto: Arquivo Pessoal

Camilo(ao fundo) na sua sala de shape, preparando mais uma prancha Void Rider. - Foto: Arquivo Pessoal

Akemi Saito foi uma das poucas bodyboarders que tiveram o privilégio de serem shapeadas por Camilo. - Foto: Flavio Brito/Arquivo

a VR já nasce com uma extensa linha de pranchas voltadas para todo os tipos de bodyboarders. - Foto: Arquivo Pessoal

A Void Rider é a mais nova marca de prancha, 100% nacional que chega ao mercado. Liderada pelo experiente shaper Camilo Matias, as pranchas chegam com preço convidativo e ótima qualidade, a Void Rider, patrocinadora da etapa do circuito estadual na Barra da Tijuca, terá uma tenda exclusiva e vai oferecer test drive gratuito das pranchas durante a competição.

Conheça um pouco mais sobre a Void Rider.

A VR chega a um mercado bem competitivo, qual seu diferencial das outras ?


Nosso diferencial é ter uma prancha de bom nível, boa performance e com preço acessível ao atleta brasileiro.

Quais os blocos atuais da VR e o que ela traça para o futuro ?

Temos um bloco desenvolvido por nós, com zero absorção de água e com ótima resistência mecânica. A VR tem a intenção de pesquisar novos blocos e aperfeiçoar materiais de revestimentos.

Porque as pranchas do Brasil não têm o mesmo tipo de bloco e pele das pranchas estrangeiras?


Porque no Brasil não se pesquisa materiais com a finalidade de isolamento térmico de alta resistência que se possam usar em pranchas de bodyboard. Por exemplo: Polietileno expandido estratificado, PP (polipropileno) de alta densidade. No Brasil, com a finalidade de isolamento térmico, só se fabrica
PE (isopor). Nos países desenvolvidos e de clima frio, se montam plantas industriais, que chegam a custar 250.000.000 milhões de dólares, para fabricarem materiais nobres expandidos, para uso em construção civil e apenas 5% dessa produção é usada em fabricação de pranchas de bodyboard.

Qual é a maior dificuldade de uma marca brasileira de pranchas?

No Brasil não existem fábricas que realizem essa confecção de blocos que sirvam para o bodyboard.

Qual a importância de investir em competições?


As competições são de suma importância para o desenvolvimento do esporte e dos atletas, principalmente os de base que são o futuro do esporte. Para mim é um privilégio, depois de tanto tempo como shaper, poder agora à frente da VOID RIDER, como empresário, patrocinar no início dessa nova jornada os CIRCUITOS DE MAIOR CREDIBILIDADE DO RIO. A ETAPA DA BARRA VAI MARCAR UMA NOVA GERAÇÃO.

É verdade que você shapeou pranchas para alguns ícones do esporte?


É sim, me lembro como se fosse hoje. Mas até para falar fico com um pouco de receio, pois posso esquecer alguém tão importante quanto os que eu citar aqui. Depois de tantos anos de trabalho com desenvolvimento de maquinário, para fazer pranchas de Bodyboard, passei por muitas fazes desse esporte e muitas mudanças ocorreram durante essas 2 décadas.

No final da década de 80 quando o esporte despontou no país, shapeei para atletas como os campeões do CIRCUITO BRASILEIRO "Paulo Esteves, Isabela e Mariana Nogueira, Glenda Koslowski, hoje uma repórter esportiva das melhores. Na década de 90, ícones como o big rider Marcello Pedro, Stefani Pettersen e Fábio Aquino. No século 21, para atletas que já são mais conhecidos dessa geração, como Guilherme Corrêa, Akemi Saito, dentre tantos outros que levariam páginas para descrever. Quanta saudade dessa época! Mas os tempos são outros e o que eu posso prometer é que continuarei trabalhando para que cada vez mais a superação desses novos ídolos, que hoje se formam, seja explorar ainda mais os limites desse esporte incrível.

Tenho certeza que lá de cima, o meu maior ídolo e amigo, defensor desse ideal de vida e que me alimentava com feedbacks e longas conversas, diria para todos como vou repetir agora: "EU RESPIRO BODYBOARD", Alexandre Pontes "XANDINHO" (em memória).


Sorteios no Estadual da Barra

Serão sorteadas 2 pranchas Void Rider e mais kits durante a etapa do circuito estadual na Barra da Tijuca.

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Entrevista Chico Garritano


Por: Flávio Brito
Quandro técnico que trabalhou no mundial da Bahia. - Foto: Leon Jr.

Um bom árbitro não se forma da noite para o dia. Tem que ter anos de dedicação e envolvimento no esporte. Quadro técnico na etapa de Sintra de 2003. - Foto: Arquivo Pessoal

Chico Garritano com dois árbitros da nova geração carioca: Alexandre Oliva e Rafael Petrini durante o campeoanto do shorebreak. - Foto: Jonathan Cardoso

O estadual na barra da tijuca nos dias 20 e 21 vai marca a volta das competições para a capital. - Foto: Arquivo Pessoal

O árbitro não pode se emocionar com as vitórias ou derrotas e tem que sempre manter a racionalidade. - Foto: Jonathan Cardoso

Com a volta do circuito estadual para a capital carioca, fizemos uma rápida entrevista com o head judge do circuito mundial, brasileiro e carioca. Ele fala sobre mudanças, e aponta novos talentos cariocas no julgamento. Confira entrevista abaixo.

1. Qual a importância da volta para a capital de uma etapa do circuito estadual ?

O Rio de Janeiro, como todos os estados e praticamente todas as regiões do mundo, passou por um processo de reformulação na parte estrutural (Diretoria, propostas, diversificação de regiões).

Por um lado foi extremamente importante, pois as demais regiões do Estado se fortaleceram e surgiram circuitos próprios (Macaé, Rio das Ostras, Zona Oeste, Campos)pois antes o eixo do Rio era Itacoatiara, Zona Sul do Rio e Meio da Barra.

A nova formação da diretoria da Federação (composta por essas associações), com pessoas que realmente buscam o profissionalismo e eventos de nível (Shorebreak, estadual de Macaé, Rio das Ostras, Campos e mundial em Búzios). A volta da capital como palco de uma etapa só vem demonstrar o reflexo de um grupo profissional que está trabalhando.

2. O julgamento tem passado por varias modificações nos últimos anos, O que destacaria como as mais importantes mudanças?

Principalmente o que estamos buscando em cima da qualidade da manobra em si,sem perder a potencialidade da onda. A quebra da linha da onda e a falta de confiança e segurança de manobra estão sendo cada vez mais bem analisadas dentro do processo de comparação das notas.

Está sendo valorizado cada vez mais o atleta que possui o controle, estilo, radicalidade e realmente a busca da energia potencial dentro do que a onda oferece, independente do tamanho,formação e condição da onda.

O nível é muito alto dos competidores e tivemos que cada vez mais adaptar as manobras de vanguarda com a classe e o estilo. Vimos nos últimos anos o aparecimento de muitas manobras e depois que elas começaram a ser lapidadas dentro do contexto de qualidade e estilo, os atletas que não executam o botton turn (que é a natureza básica do esporte) e executar "piruetas de braço e corpo" sem utilizar a parte funcional da onda, estará destoando do que realmente é a proposta do esporte nos dias de hoje.

Radical sim! Crítico sim! Risco ao extremo, mas com qualidade e estilo, sem perder a plástica que envolve um esporte de apresentação. O nível é muito alto, e temos atletas no mundo inteiro preenchendo essas qualidades.

3. Como você avalia os juízes cariocas? Apontaria novos talentos?

O Rio sempre foi um berço que apresentou grandes nomes no Bodyboard. Isso é o reflexo pelo numero de campeonatos, circuitos, ondas,e por ter sido o pioneiro em todos os segmentos. Isso é um processo natural e notório em qualquer esporte de referência onde se desenvolveram os primeiros passos.

O quadro oficial do circuito brasileiro e das etapas do mundial no Brasil é composto por 1 representante de cada região mais expressiva no cenário nacional(Rogerio Bezerra,juiz oficial do Circuito Mundial e Diretor da IBA Latin America,Dudu pedra,da federação do Rio,Fatimo Cerqueira,Head Judge e Presidente da Federação Bahiana,e Frank Bernardo,Diretor Técnico e Head Judge da Federação Capixaba).Temos ainda bons nomes e que formam o quadro quando necessário; João Rigo, Head Judge do Paraná,Fábio Patrão de Santa Catarina,Charles Veras de Pernambuco e Alison Queiroz de Pernambuco,e Orleans do Ceará.

Aqui no Rio temos o Dudu Pedra, que além de ser um dos maiores big riders do Brasil e do mundo,é um juiz de primeira linha e já é também head judge do Circuito Latino.

Tivemos um quadro muito sólido e tranqüilo no Shorebreak, um evento de nível altíssimo, difícil, com baterias muito fortes com 3 juizes da nova geração; Rafael Petrini, de Niterói,o Alexandre Oliva e Leo Mello ambos de Copacabana.

Fora da capital destaco: Formigão de Campos, Rafael Mussi de Macaé e Daniel Lemos de Rio das Ostras.

Do lado de cá, Mazinho e Hilton completam o quadro da Zona Oeste, sempre dando uma cara boa pra qualquer evento que trabalham, passando credibilidade aos competidores.

Vale sempre ressaltar que a aparição de novos e bons juízes é responsabilidade da associação em promover e dar suporte para que os atletas sejam julgados de maneira sólida, com critério e o que vem sendo exigido dentro do que são as normas e fundamentos da arbitragem/competidores.

Seguir o padrão que ocorre nas demais regiões do país/mundo. Não adianta ser julgado de uma maneira dentro da sua associação, enquanto o resto do planeta segue outra linha. Todos devem seguir as normas da entidade máxima no país, a CBRASB pois assim segue-se uma linha uniforme em todos os eventos e conseqüentemente os problemas diminuem.

4. Quais são os pré-requisitos para uma pessoa se tornar um árbitro de bodyboard?

Paciência, dedicação, tempo, experiência, honestidade, calma, profissionalismo, viver o esporte, não errar em condutas (pois o árbitro é a principal cara da comissão técnica) ter espírito de grupo, conhecer os fundamentos do esporte, conhecer a regra, se manter atualizado em tudo que se refere a julgamento, compromisso, disciplina, foco e ter muita saúde.

Vão ser horas e horas gastas durante dias, meses, anos. Saber que o único que vai gostar de você em um campeonato de 200 pessoas é o vencedor. E tentar não errar.

Acima de tudo saber que quando tudo dá certo e o melhor vence, a satisfação é de dever cumprido. Não se pode se preocupar com festas, alegrias, pódio, resultado. Apenas ser realmente profissional.

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